Novas usinas de oxigênio no Sudoeste reforçam combate da pandemia na região

Três já estão em operação e mais entrará em funcionamento semana que vem

Quatro novas usinas de oxigênio reforçam o combate à pandemia na região Sudoeste do Paraná. Três delas já estão em funcionamento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Francisco Beltrão, na UPA de Coronel Vivida e em Clevelândia.

Nas próximas semanas começa a funcionar a unidade de Mangueirinha. Em Francisco Beltrão, a unidade está em funcionamento desde o início do mês, produzindo 80 litros de oxigênio por minuto. No espaço, que foi ampliado para atender 35 leitos, o insumo tem sido suficiente e desafogou o sistema que, mês passado, passou três vezes por situações em que havia oxigênio para apenas quatro horas.

De acordo com a coordenadora da UPA, enfermeira Adriana Manfredi, devido ao oxigênio ter que ser buscado em Chapecó, no Oeste catarinense, a demora do translado e da própria recarga era uma preocupação recorrente, o que ficou sanado com a instalação da usina.

“Por ser uma mini usina, ela possui um sistema que transforma o ar em oxigênio, a partir de quatro fases. Pelos nossos cálculos, ela está suprindo 80% do oxigênio que utilizamos”, apontou Adriana. A usina abastece a UPA, todas as ambulâncias do município e, a partir da próxima semana, também cobrirá a recarga dos cilindros de 85 pacientes que possuem um torpedo em casa.

Ontem, das nove pessoas que estavam internadas na UPA, duas estavam intubadas e todas faziam uso de oxigênio. Em Coronel Vivida, a usina passou a funcionar na quinta-feira, 1º de abril. Ela foi alocada ao lado da UPA e atende, além da unidade, o Instituto Médico Nossa Vida.

A usina também é a maior entre as que estão instaladas nos municípios pertencentes ao Consórcio Intermunicipal de Saúde (Conims). Sozinha, tem capacidade para produzir 10,5 metros cúbicos por hora, ou seja, é capaz de gerar, ao dia, oxigênio suficiente para até 36 cilindros de 7 metros cúbicos, os mais utilizados em hospitais.

Mangueirinha
Em Mangueirinha, o espaço para receber a usina, ao lado da UPA do município, ainda está sendo montado, mas a previsão é de que nas próximas semanas passe ao funcionamento. Todo o equipamento chegou no dia 28 de março. Segundo a assessoria de imprensa, a usina deve ser usada para suprir a demanda do município e de cidades vizinhas. No município também haverá distribuição para pessoas que possuam o cilindro e que fazem o tratamento em casa. Já na UPA, há dez leitos para tratamento da Covid, onde há sistema encanado de oxigênio.
“O município temia falta do oxigênio. Chegamos a ter dez leitos ocupados, com intubações e uso máximo de oxigênio. Era um suprimento extremamente necessário nesse momento. Às vezes, um cilindro grande durava de quatro a seis horas, felizmente o município tinha para repor”, apontou a assessoria.

Mariópolis e Clevelândia
Em Clevelândia, a usina foi adquirida junto com o município de Mariópolis. Ali, a capacidade de produção de oxigênio é de 112 litros de oxigênio por minuto. Caso haja uma programação de produção 24 horas, estima-se a geração de 4.032 cilindros de 40 litros. Mariópolis não sofreu por falta de oxigênio, mas por problemas logísticos, já que era necessário estar às 7h em Pato Branco e retornar até as 9h para que não faltasse o insumo aos pacientes.

 

Fonte Jornal de Beltrão

Comentários

Aviso: Todo e qualquer comentário publicado na Internetatravésdo Rádio SAN FM, não reflete aopiniãodeste Portal.