Na tentativa de ocultar o homicídio, o criminoso esquartejou o corpo e, dois dias depois, pediu ajuda ao comparsa para esconder os restos mortais em sacolas e incendiar o veículo da vítima, um Fiat Uno.

Foi concluído no Fórum de Cascavel, no Oeste do Paraná, o julgamento do crime brutal que chocou a cidade de Palotina em março de 2023. O principal acusado, responsável pelo assassinato de Anselmo Moreno Gonçalves, de 30 anos, foi condenado a 35 anos de prisão pelos crimes de homicídio qualificado (com duas qualificadoras), ocultação de cadáver e porte ilegal de arma de fogo. Já o comparsa, que ajudou a ocultar o corpo, recebeu pena de um ano.

Anselmo desapareceu no dia 7 de março de 2023. Dias depois, seu corpo esquartejado foi encontrado dentro de uma residência na rua Álvaro Moreira, no bairro Pôr do Sol, em Palotina. A Polícia Militar e a Polícia Civil identificaram dois suspeitos envolvidos no crime, sendo um deles o autor direto do assassinato e o outro responsável por ajudar a esconder os restos mortais.

De acordo com a investigação, o autor do crime atraiu Anselmo até a casa sob o pretexto de querer comprar roupas — já que a vítima era comerciante. Ao entrar no local, Anselmo foi alvejado com dois disparos de arma de fogo. Em seguida, o acusado teria realizado um ritual de cunho satânico, alegando à polícia que pertencia a uma seita luciferiana e que Anselmo seria o “sacrifício”.

O crime, segundo o tenente da Polícia Militar Leonardo Franco de Oliveira, teve motivação ritualística. “Ele informou que já praticou vários tipos de religiões, mas o ritual seria luciferiano”, afirmou o oficial.

Na tentativa de ocultar o homicídio, o criminoso esquartejou o corpo e, dois dias depois, pediu ajuda ao comparsa para esconder os restos mortais em sacolas e incendiar o veículo da vítima, um Fiat Uno. O carro foi encontrado carbonizado em uma área de mata próxima à Linha Catarinense, entre Palotina, Maripá e Nova Santa Rosa. Partes do corpo também foram localizadas na região.

A arma de fogo usada nos disparos e as facas utilizadas para o esquartejamento foram apreendidas durante as investigações conduzidas pela Polícia Civil. O delegado Pedro Lucena afirmou que, ao chegar ao local, a vítima foi surpreendida pelos acusados. “Conforme foi apurado nas investigações, foi descoberto que, quando a vítima chegou ao local, os suspeitos anunciaram fazer parte de uma seita satânica e que Anselmo seria o sacrifício do culto”, relatou.

Com a sentença do Tribunal do Júri, o caso é encerrado com a condenação do principal acusado a 35 anos de prisão e a punição do cúmplice, marcando o desfecho de um crime que causou grande comoção na comunidade.

Fonte SAN FM com informações da Catve