Jesuítas: pais pedem fim do ensino em tempo integral

O abaixo-assinado foi protocolado juntamente com um pedido de providências que lista, em cinco páginas, uma série de razões pelas quais os pais não querem mais o tempo integral em Jesuítas

 

Apresentado como uma espécie de varinha mágica para resgatar a qualidade do ensino público, cada vez mais questionada Paraná e Brasil afora, o ensino em tempo integral segue distante de cumprir a finalidade para a qual foi criado, especialmente nos pequenos municípios.

Ao todo, 172 pais de alunos são signatários de um abaixo-assinado devidamente registrado em cartório e encaminhado ao Núcleo Regional de Educação de Assis Chateaubriand e ao Ministério Público Estadual pedindo que essa modalidade de ensino deixe de ser oferecida no Colégio Humberto de Alencar Castelo Branco, o único mantido pelo Estado em Jesuítas, cidade administrada pelo atual presidente da Amop (Associação dos Municípios do Oeste do Paraná), Junior Weiller.

E outros 94 também assinaram o documento para dizer que não querem encaminhar seus filhos a esse colégio no ano que vem, quando eles passarão para o Ensino Fundamental II, conforme informou nesta quarta-feira (18) o advogado cascavelense Michael Miyazaki, cujo escritório em Jesuítas vem prestando assessoria jurídica nesse caso.

 AS CAUSAS

O abaixo-assinado foi protocolado juntamente com um pedido de providências que lista, em cinco páginas, uma série de razões pelas quais os pais não querem mais o tempo integral em Jesuítas, único município pertencente ao Núcleo Regional de Assis a dispor dessa modalidade de ensino.

O documento aponta para uma série de problemas, dentre eles um crescimento substancial do número de alunos do colégio "que estão sofrendo byllying bem como abalos psíquicos", a falta de convivência dos pais que residem na zona rural com os filhos "em decorrência da ausência dos mesmos em casa no período compreendido entre as 5h30 e as 18h30", bem como o fato de estudantes do interior precisarem "aguardar o transporte público entre uma hora e uma hora e meia para daí retornarem às suas residências".

"Após dois anos e meio de aplicação da metodologia no Colégio Estadual Humberto de Alencar Castelo Branco, nota-se por grande parte dos pais e/ou responsáveis que existem mais malefícios que benefícios com a aplicação do ensino integral", conclui o documento, não sem antes lembrar que a implantação deu-se sem discussão prévia com as famílias dos alunos. (Foto: Prefeitura Jesuítas)

Fonte Alerta Paraná

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