Hoje são quase 140 pessoas que integram o grupo

No sábado, dia 14, foi comemorado o Dia Mundial do Doador de Sangue. A data tem como objetivo reconhecer a importância desse gesto solidário que salva vidas todos os dias. Em Capitão Leônidas Marques, o espírito de doação também é destaque com o grupo Doadores do Bem, formado por cerca de 140 voluntários que realizam doações mensais no Hemonúcleo de Cascavel.
Para falar sobre essa iniciativa, a Rádio SAN FM recebeu nos estúdios dois integrantes do grupo: Rozangela Francisco Roman e Leandro da Costa Leite, que compartilharam um pouco da história, da organização e da motivação por trás desse ato de amor ao próximo.
A história do grupo começou quando Leandro, doador de plaquetas, resolveu convidar amigos para doarem sangue com ele. A ideia ganhou força após uma sugestão do serviço social do Hemocentro de Cascavel, que o incentivou a mobilizar mais pessoas. “Naquela mesma semana criei o grupo Doadores do Bem. Comecei a chamar amigos e conhecidos, e hoje somos 137 voluntários ativos”, relatou Leandro.
A organização das doações é feita por meio de um grupo no WhatsApp, conforme explicou Rozangela. “É por lá que avisamos os dias e horários das coletas. Quando o Hemocentro libera as vagas — geralmente de 15 a 16 por mês —, publicamos no grupo e os voluntários se inscrevem conforme a disponibilidade”, disse ela. A Secretaria Municipal de Saúde auxilia na logística, disponibilizando transporte para os voluntários.
Homens podem doar a cada 60 dias e mulheres a cada 90 dias. Por isso, manter o grupo em constante renovação é essencial. Segundo Rozangela, há predominância de mulheres entre os doadores. “Elas são mais engajadas, os homens têm mais receio, especialmente por medo de agulha. Mas os que participam entendem a importância da doação.”
Além da doação voluntária, o grupo mantém um “banco de sangue” no Hemonúcleo. Quando há casos urgentes, como o de um paciente de Alto Alegre que precisou de 37 bolsas, o grupo utiliza sua reserva e depois organiza reposições. “A família entrou em contato, usamos nossa reserva e depois, com a ajuda deles, repusemos as bolsas. É gratificante saber que fizemos a diferença”, contou Leandro.
A triagem feita pelo Hemocentro é rigorosa e segura. “Antes da doação, o voluntário passa por avaliação médica. Se qualquer irregularidade for detectada, a coleta é suspensa. Além disso, todos recebem resultados de exames, o que também ajuda a monitorar a própria saúde”, explicou.
Pessoas de 16 a 69 anos podem doar sangue, desde que estejam em boas condições de saúde. Menores de idade devem estar acompanhados por um responsável legal. Quem quiser participar do grupo pode entrar em contato com Leandro, Rozangela, com a Rádio SAN FM, ou procurar a Secretaria de Saúde de Capitão.
Rozangela destaca que o grupo também compartilha orientações importantes, como prazos após cirurgias, vacinação ou exames. “Muitas vezes, por falta de informação, alguns são impedidos de doar. Por isso reforçamos essas orientações no grupo.”
Para finalizar, Leandro reforçou o convite à comunidade: “Doar sangue é um ato de amor que não custa nada. Você pode estar salvando a vida de alguém que nunca vai conhecer, mas que vai viver graças a você. O bem que se faz sempre volta.”
O Hemonúcleo de Cascavel, parceiro da iniciativa, segue necessitando de todos os tipos sanguíneos, com destaque para os tipos mais raros como o O negativo. Mesmo quem não participa do grupo pode ir diretamente ao Hemocentro para doar.
Seja um doador. Um pequeno gesto pode representar a esperança de vida para alguém.
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